Políticas educacionais e currículo na emergência sanitária de 2020
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Resumo
A rapidez dos eventos e o crescimento exponencial dos casos de contágio da Covid-19 no mundo forçaram os Estados a tomar decisões rapidamente. De uma perspectiva tradicional e até genérica, partimos do pressuposto de que tal tomada de decisão por parte do governo de um Estado é entendida como política pública ou, pelo menos, diretrizes de política. Várias dessas diretrizes respondem a lógicas instrumentais que se preocupam com as metodologias e procedimentos para [...] resolver um problema ou conflito emergente ou presente na sociedade (Pulido, 2017, p. 16). Portanto, este artigo tem como objetivo analisar as políticas educacionais equatorianas e o currículo no marco da emergência sanitária causada pela pandemia Covid-19. Na componente metodológica, optamos por abordagens mistas buscando uma triangulação metodológica que combinasse análise documental, cibernografia e survey, recorrendo a métodos quantitativos, no caso do survey, e métodos qualitativos, no caso da cibernetnografia, que foi realizada em suporte virtual. Dentre os principais resultados, identificamos que as políticas educacionais implementadas pelo governo equatoriano não consideraram os acessos tecnológicos e de conectividade de professores e alunos, o que gerou um mal-estar nesses dois atores do sistema educacional. Da mesma forma, e a partir da triangulação metodológica, identificamos que o Plano Covid 19 foi subutilizado pelos professores em suas atividades em sala de aula. As reflexões finais nos convidam a refletir sobre a necessidade de um diálogo constante. As decisões educacionais sobre a concepção e desenvolvimento do currículo devem ser sempre acordadas com os diferentes atores da comunidade educacional.